O problema do desemprego atinge não só aqueles que são novos e não tem experiência, mas também aqueles que têm experiência, mas são velhos demais para assumir uma função efetiva. É pensando nessa 'exclusão' profissional' da chamada terceira idade, que o deputado Tião Gomes (PSL) apresentou um projeto de lei que estabelece um percentual mínimo de cotas de empregos para pessoas a partir dos 50 anos de idade.
Trata-se de uma cota mínima, em torno de 10 % de todo o pessoal de uma empresa ou organização. O projeto abrange apenas a iniciativa privada, pois em âmbito nacional já há uma lei que estabelece cota para aprovação através de concursos.
Conforme o deputado, o projeto tem o objetivo de reduzir o índice de desemprego que recai sobre uma população com uma faixa etária que encontra dificuldades de reinserção no mercado de trabalho.
Tião defende a acessibilidade de profissionais junto a empresas da Paraíba que, por preconceito ou desinformação, acaba sendo prejudicada.
"Apesar de vivermos em um país em pleno curso de desenvolvimento, o desempregado de um modo geral é ainda uma das grandes mazelas sociais que precisa ser enfrentada", justificou.
O parlamentar ainda acrescenta que além do desemprego generalizado, existe a discriminação profissional com a 'maior idade'. "Esses profissionais com experiência podem e muito contribuir para o desenvolvimento da Paraíba, pois ainda estão com a saúde plena e carregam grande carga de conhecimento", ressaltou.
Na opinião do Parlamentar, muita gente que passou da idade dos 50 anos encontra dificuldades de emprego. "São pessoas em pleno vigor de saúde, criatividade e, acima de tudo, experiência, o que pode resultar num acréscimo de produtividade das próprias empresas, que podem ganhar muito com essa mão de obra", completou.
Para Gomes, a 'exclusão profissional' da terceira idade, nada mais é que uma injustiça, muitas vezes ocasionadas por políticas de contenção de folha de determinadas empresas.
"Tem empresa que prefere pagar mão de obra jovem, ou incipiente, porque é uma oportunidade de remunerações menores, ou seja, prefere pagar menos a quem está começando e que quer adquirir experiência, do que fazer justiça a um profissional de longa carreira, profissional esse que pode ser fundamental para determinado segmento", analisou.
Além do alcance social, o projeto de Tião Gomes enfatiza os benefícios para a própria empresa, levando-se em conta a simpatia da acessibilidade e, acima de tudo, o que ela pode ganhar como experiência.
"Estipulamos uma cota mínima de 10%, até porque não podemos esquecer a importância dos jovens no mercado de trabalho, no entanto, é imprescindível a permanência dos experientes, até mesmo para que os jovens se estruturem dentro da empresa", observou.
Para o parlamentar, o projeto atende a um 'grito de desespero' de muitos chefes de famílias que se encontram desempregados e que passam por dificuldades em virtude da falta de emprego.
"Esse desprezo pelos mais idosos, em pleno vigor físico e mental, é uma contradição em tempos como os nossos. Todo cidadão tem direito ao trabalho e as pessoas nessa faixa de idade são hoje responsáveis pela construção de suas famílias e esperamos que as próprias empresas se sensibilizem com essa questão eminentemente social", finalizou.
Da Redação com Click PB
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