terça-feira

Senador denuncia problemas nos hospitais de trauma de JP e CG

Médico do Trauma de JP ameaçam suspender atividades

Por causa da falta de diálogo entre a organização da Cruz Vermelha, que administra o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, e os cirurgiões torácicos e vasculares, pode causar a paralisação da categoria nos plantões do dia 2 de setembro.
Membro da Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde constituída no Senador Federal, o senador Vital do Rêgo (PMDB) destacou que as reivindicações da classe médica são justas, pois entre as solicitações de melhores condições de trabalho, está a necessidade da renovação dos contratos, que está para acabar nos próximos dez dias.
“O Trauma de João Pessoa está com equipamentos sem manutenção, quadro de enfermeiros reduzidos e, às vezes, chega até a ficar sem insumos médicos”, relatou o médico Valdir Delmiro, presidente da Cooperativa dos Neurologistas, Cirurgiões Vasculares e Cirurgiões Torácicos do Estado da Paraíba (Neurovasc).
O senador tem tido conhecimento através do presidente da Neurovasc que pacientes estão sendo transferidos para outros hospitais, porque não há como serem atendidos no Trauma de João Pessoa, devido à falta de condições de trabalho.
Como médico, Vital do Rêgo se mostrou preocupado com o provável movimento grevista que pode ser deflagrado pela categoria. Segundo ele, não pelo fato das justas reivindicações, que são necessárias para uma boa assistência à população, mas por temer que a greve se expanda para todo o Estado, prejudicando diretamente a população.
Trauma de Campina
Nesta segunda-feira, 22, membros do Ministério Público da Paraíba (MP-PB) e do Conselho Regional de Medicina (CRM-PB), realizaram uma vistoria no Hospital de Regional de Emergência e Trauma de Campina Grande, que constatou a superlotação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“O MP e o CRM averiguou que pessoas com indicação de internação em UTI estão sendo atendidas na Área Vermelha, destinada ao primeiro atendimento aos pacientes, o que é um absurdo”, disse Vital.
Vital do Rêgo lembrou que recentemente o procurador regional dos Direitos do Cidadão na Paraíba, Duciran Farena, o promotor de Justiça de Defesa da Saúde da capital, João Geraldo Barbosa, e o presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba, Roberto Magliano de Morais mostraram aos representantes do Ministério da Saúde, do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) e Ouvidoria do SUS, a crise na saúde pública estadual. O peemedebista relatou que está ao lado da população e dos órgãos competentes que estão averiguando as denúncias com plena imparcialidade.
O senador lembrou que o Hospital de Trauma da cidade, foi entregue pelo ex-governador José Maranhão, com uma área construída de 22 mil metros quadrados, o hospital foi projetado para ser referência de atendimento de emergência na área de traumatologia para 1,9 milhão de paraibanos, o que corresponde a 52% da população do Estado. Quando de fato, estiver funcionando, terá condições de atender as populações de 70 municípios do Agreste da Borborema mais 88 CRM idades do Cariri e Sertão totalizando 158 municípios. A área total do terreno é de 72 mil metros quadrados.


Da Redação (com assessoria)

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