O material hospitalar despejado na Comunidade Saturnino de Brito, em Jaguaribe, pode ser proveniente de alguma clínica clandestina de aborto, segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) de João Pessoa. Agentes do órgão iniciaram as investigações quando começaram a ser vasculhadas as embalagens e os produtos depositados no terreno.
O resultado após análise superficial dos materiais causou estranheza para os agentes da Semam. "O curioso é que isto não se trata apenas de material de descarte por conta de prazo de validade vencido. Tem muito material de laboratório, como tubos de ensaio com amostras de sangue", disse Socorro Menezes, diretora da divisão de fiscalização da Semam. De acordo com Socorro, não seria vantajoso para uma clínica regular fazer o despejo do material da forma que foi feito, uma vez que tais estabelecimentos são conveniados com a Serquip, empresa responsável pelo recolhimento e incineração do lixo hospitalar na cidade. Ainda segundo informações do órgão, muitos dos medicamentos encontrados são de origem abortiva, o que evidencia ainda mais a possibilidade de ser esse tipo de clínica que está fazendo o despejo do material.
Patrícia Araújo, assessora da divisão de fiscalização da Semam, disse que, além da grande variedade de material encontrado, outro fator que dificulta as investigações é que muitos populares já reviraram o entulho. "Muitas crianças brincavam de estourar os tubos de ensaio uns com os outros, no meio da rua. Muitos deles também levavam o material para casa, sem ter noção do perigo dos objetos", disse. Existe ainda a possibilidade de que a clínica responsável pelo despejo tenha origem em um outro estado.
Na manhã de terça-feira, dia 20, várias clínicas que funcionam na redondeza foram notificadas pela Semam. O intuito da notificação é para que os estabelecimentos apresentem, dentro de 48h, toda a documentação que comprove a quitação com a Serquip sobre a entrega de lixo hospitalar. Também na manhã de ontem, funcionários da Emlur começaram o recolhimento do material. No final da tarde, a equipe da Emlur enviou o material para a sede da Serquip, no Distrito Industrial, onde foi incinerado no mesmo dia. Agora, depois de fotografar os materiais encontrados, a Semam encaminhará todos os registros das amostras para o Ministério Público da Paraíba (MPPB), que abrirá investigação assim que receber o material.
Rótulos de um laboratório químico e farmacêutico de Minas Gerais estão presentes em quase todas as embalagens. Uma das distribuidoras do laboratório na Paraíba disse que a empresa trabalha apenas com reagentes de laboratório. De acordo com informações do distribuidor, a empresa possui contrato com a Serquip, onde são realizadas duas visitas mensais para recolhimento dos materiais que estejam com prazo de validade vencidos. O responsável pela distribuidora disse ainda que várias clínicas da cidade têm liberdade para comprar os materiais fornecidos pelo laboratório mineiro em outros estados do país.
A reportagem do jornal O Norte denunciou no último domingo, dia 18, o despejo irregular de lixo hospitalar na Comunidade Saturnino de Brito.
Da Redação com O Norte Online
O resultado após análise superficial dos materiais causou estranheza para os agentes da Semam. "O curioso é que isto não se trata apenas de material de descarte por conta de prazo de validade vencido. Tem muito material de laboratório, como tubos de ensaio com amostras de sangue", disse Socorro Menezes, diretora da divisão de fiscalização da Semam. De acordo com Socorro, não seria vantajoso para uma clínica regular fazer o despejo do material da forma que foi feito, uma vez que tais estabelecimentos são conveniados com a Serquip, empresa responsável pelo recolhimento e incineração do lixo hospitalar na cidade. Ainda segundo informações do órgão, muitos dos medicamentos encontrados são de origem abortiva, o que evidencia ainda mais a possibilidade de ser esse tipo de clínica que está fazendo o despejo do material.
Patrícia Araújo, assessora da divisão de fiscalização da Semam, disse que, além da grande variedade de material encontrado, outro fator que dificulta as investigações é que muitos populares já reviraram o entulho. "Muitas crianças brincavam de estourar os tubos de ensaio uns com os outros, no meio da rua. Muitos deles também levavam o material para casa, sem ter noção do perigo dos objetos", disse. Existe ainda a possibilidade de que a clínica responsável pelo despejo tenha origem em um outro estado.
Na manhã de terça-feira, dia 20, várias clínicas que funcionam na redondeza foram notificadas pela Semam. O intuito da notificação é para que os estabelecimentos apresentem, dentro de 48h, toda a documentação que comprove a quitação com a Serquip sobre a entrega de lixo hospitalar. Também na manhã de ontem, funcionários da Emlur começaram o recolhimento do material. No final da tarde, a equipe da Emlur enviou o material para a sede da Serquip, no Distrito Industrial, onde foi incinerado no mesmo dia. Agora, depois de fotografar os materiais encontrados, a Semam encaminhará todos os registros das amostras para o Ministério Público da Paraíba (MPPB), que abrirá investigação assim que receber o material.
Rótulos de um laboratório químico e farmacêutico de Minas Gerais estão presentes em quase todas as embalagens. Uma das distribuidoras do laboratório na Paraíba disse que a empresa trabalha apenas com reagentes de laboratório. De acordo com informações do distribuidor, a empresa possui contrato com a Serquip, onde são realizadas duas visitas mensais para recolhimento dos materiais que estejam com prazo de validade vencidos. O responsável pela distribuidora disse ainda que várias clínicas da cidade têm liberdade para comprar os materiais fornecidos pelo laboratório mineiro em outros estados do país.
A reportagem do jornal O Norte denunciou no último domingo, dia 18, o despejo irregular de lixo hospitalar na Comunidade Saturnino de Brito.
Da Redação com O Norte Online
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